Do toque na alma Lá no Nordeste de Minas Gerais, que ninguém imagina ser bem ali próximo ao Norte do ES, próximo ao Sul da BA e empoçado no meio do desconhecido Vale do Mucuri.
Existem pessoas, que são invisíveis, desamparadas sócio-economicamente por uma razão que nem elas conhecem e nós, seres humanos ignoramos. Plantar não é garantia de crescer, criar não é garantia de reproduzir, cuidar não é associado ao tratar…Essas pessoas, que poderiam apenas chamar de números, abrem a alma, por meio de um olhar de esperança que elas disferem ao simples toque de cuidado, nunca antes recebido. O sorriso é a garantia e a expectativa de que algo, até então desconhecido, pode mudar o traçado da vida deles. Mas, somos surpreendidos por um duro golpe da realidade ao descobrirmos que estes seres tão sensíveis, mas ignorados, são inviáveis e desamparados possivelmente porque não tem renda, porque não conseguem se expressar por meio de palavras e assim buscar suas garantias ou até mesmo por ter nascido num local onde a terra é infértil é dominada por poucos, que exploram muitos e assim a vida na Invisiolandia prossegue. Mediante a esta realidade, você se pergunta se alguma pode conseguir mudar esta realidade. E quando a vida parece não te dar mais esperanças: você olha e percebe que o único “apoio” pode ser esquecido por uns segundos, para buscar esperança naquilo que pode não estar sendo compreendido, mas até então, nunca antes tinha sido desferido. Das coisas que fazem a vida valer a pena..
Patrick Endlich
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